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O vinho e as uvas!

O vinho e as uvas!

Conheça algumas curiosidades sobre o vinho e suas principais características

Adega

Atualizado em 15 Mai 23

4 min de leitura

Falar sobre vinhos é um assunto tão extenso quanto a tradição de deliciar-se com uma taça. Não há quem resista ao ritual de sentar-se com os amigos para desfrutar uma garrafa, seja em um restaurante ou em casa. Entretanto, não há sinônimo de sofisticação maior que montar a própria adega.

 

Mas antes de aventurar-se neste universo de diferentes aromas e paladares, é preciso conhecer alguns conceitos básicos.

 

As uvas

A uva, usada como matéria-prima do vinho, é fruto da vinha (ou videira). Cada espécie de vinha possui variedades nomeadas cepas ou castas. As uvas que produzem os melhores vinhos são da espécie vitis vinífera, de origem européia, que possui diferentes castas como a Cabernet Sauvignon, a Merlot e a Chardonnay. Existem aproximadamente três mil variedades de uvas viníferas, entre as quais 150 são plantadas comercialmente, ou seja, em maior quantidade.

 

As espécies americanas não são muito apropriadas para a fabricação do vinho e são mais consumidas como frutas de mesa. Algumas uvas são destinadas à produção de vinho tinto, enquanto outras são ideais para os vinhos brancos.

 

A Cabernet Sauvignon, por exemplo, é uma das mais clássicas e usadas na produção do tinto, sendo responsável pelos melhores rótulos do planeta. Já a Merlot é mais suave, com um paladar mais macio e aroma mais frutado. Quando colhida com a maturação certa, pode até desenvolver um aroma de chocolate e frutas vermelhas.

 

A Chardonnay, por exemplo, está entre as uvas mais usadas na fabricação do vinho branco e também é um ingrediente importante na produção do champagne.

 

A fermentação

O vinho é o produto da fermentação do suco de uvas frescas e somente as bebidas produzidas desta forma podem receber esta nomenclatura. Este processo é feito por microorganismos (leveduras) que transformam as moléculas de carboidratos, ou seja, os açúcares, em álcool, gás carbônico e energia.

 

Os diferentes tipos

Os vinhos podem se dividir em tintos, brancos, rosés, espumantes, fortificados e de sobremesa (os vinhos doces naturais).

 

Para a produção de vinho tinto são necessárias uvas tintas, já que a cor característica vem dos pigmentos contidos nas cascas destas espécies. A sensação gustativa de adstringência, ou travo na boca, acontece pela existência de um componente químico chamado tanino. Quanto maior for a quantidade de tanino, mais encorpada será a cor do vinho.


 
Para a fabricação do vinho branco são usadas uvas brancas, tintas ou rosadas, desde que as cascas das uvas com pigmentos não sejam usadas na fermentação. Entretanto, o paladar dos vinhos feitos com uvas tintas será diferente por causa das características específicas de cada.

 

Já os vinhos rosés possuem características dos vinhos brancos, embora recebam uma pequena quantidade de componentes do vinho tinto, como a cor e os taninos. Estes elementos são responsáveis pelo aspecto gustativo delicado dos brancos, que permitem que eles acompanhem pratos mais elaborados.

 

Os vinhos espumantes são fabricados em quase todos os países vinícolas, como a Espanha, e a maioria é elaborado através de métodos criados na França, como o champenoise. Este método, por exemplo, leva adição de leveduras e clarificante, geralmente bentonite) e o fechamento da garrafa é feito a uma pressão de 6 ATM. A maturação leva em média três meses e após cessada, podem ficar anos amadurecendo.

 

Os vinhos fortificados recebem aguardente vinícola, ou seja, torna-se mais alcoólicos, com paladar mais forte. Existem vinhos fortificados em praticamente todos os países vinícolas, embora os mais famosos sejam o Vinho do Porto, o Jerez e o Vinho Madeira.

 

Por último existem os vinhos doces e naturais, também conhecidos como dessert wines, ou vinhos de sobremesa, e pudding wines. Estes são vinhos especiais, cuja principal característica é a preservação do açúcar natural da uva. Entretanto, estes não devem ser confundidos com os vinhos suaves, que embora também sejam doces, recebem adição externa de açúcar.

 

Dicas para armazenar o vinho

O envelhecimento do vinho pode durar de um mês a vários anos. Entretanto, é importante saber armazenar as garrafas corretamente. O ideal é que eles sejam guardados em um lugar apropriado, mais especificamente uma adega. Antes de comprar um vinho, é bom procurar um lugar especializado na venda, que tenha uma alta rotatividade no estoque. Desta forma você diminuirá as chances de comprar uma garrafa armazenada de forma inapropriada. Comprar vinhos novos, das últimas safras, fará com que você evite garrafas com alta acidez.


 
Verifique se a rolha encontra-se em boas condições. Outro cuidado importante, se você não for um sommelier, é evitar vinhos envelhecidos no carvalho ou de reserva. Veja se não há sinal de oxidação, que pode ser identificado pelo tom marrom, ou no caso dos tintos, muito acastanhado.  Armazene os vinhos sempre deitados, o que mantém a rolha sempre umedecida e evitará problemas na hora de abrir a garrafa. Monte a sua adega em lugar arejado e livre de odores e umidade, ou você pode também optar por uma adega climatizada, pois mantém a temperatura do vinho mais precisa, constante e regulável.

 

E lembre-se que para adquirir um vinho de qualidade o melhor indicador é sempre buscar as informações que acompanham o rótulo. Depois, é só aproveitar e degustar o melhor vinho.