No próximo dia 21 de setembro, às 10 horas, o artista plástico Sergio Fingermann abre, na Dan Galeria, uma exposição de pinturas recentes acompanhada do lançamento de seu último livro, Se noite fosse água, publicado pela BEI Editora. Tomando o título emprestado de um poema de Mario de Andrade (“Meditações sobre o Tietê”, de 1945), o pintor reúne no livro sua produção dos últimos 15 anos, apresentando uma extensa seleção de imagens que se relacionam poeticamente entre si, traduzindo as questões plásticas que permeiam sua obra. Fingermann propõe no livro uma reflexão sobre o fazer artístico e as bases de sua criação. “Num período de experimentações, de expansão do próprio conceito de arte, de modismos, procurei desenvolver minhas experiências criativas, fundadas numa relação com o ofício, com a afirmação de um pacto poético, com a crença na construção de uma linguagem marcada pela singularidade e pela originalidade”, diz o artista. Singularidade e originalidade, aliás, se materializam nos temas recorrentes, na evocação da memória, em signos retirados da observação do cotidiano (cadeiras, escadas, pregos, elementos decorativos). Associados, esses elementos constroem uma narrativa poética, uma materialidade que dá suporte ao sonho. Poesia e política andaram sempre juntas na obra de Sergio Fingermann, cuja carreira estende-se há quatro décadas. O aspecto político de seu trabalho tem se evidenciado na publicação de textos que refletem sobre a criação artística, o testemunho da expe